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evento

26

A Água no Real Edifício de Mafra: circulação de conhecimento
Abril

Apresentação do projecto AquaMafra e lançamento do site

15h

Palácio Nacional de Mafra

A Água no Real Edifício de Mafra: circulação de conhecimento

Fernando Grilo, Ana Patrícia Alho

 

       A construção monumental do Real Edifício de Mafra teve início no ano de 1717 e decorreu da vontade de D. João V. É composto por três núcleos distintos, mas interdependentes: palácio, convento e tapada, tratando-se, no seu conjunto, de elementos patrimoniais de elevada importância para a história da hidráulica em edifícios do século XVIII.

    O Real Edifício de Mafra e a sua Tapada constituem dois elementos patrimoniais de relevo na história do uso da água em edifícios e propriedades reais tanto a nível nacional, como internacional. Ao longo da sua história identificam-se várias intervenções com vista ao melhoramento das infra-estruturas relativas ao abastecimento, drenagem e saneamento da água que interessa destacar e documentar com profundidade.

Esta investigação parte de um conceito de arquitectura entendida como um conjunto articulado de sistemas que, faseadamente, constituem preocupação do mestre construtor. O sentido da arquitectura portuguesa e das suas soluções técnicas ganha um novo enfoque se for analisado deste ponto de vista, sistema por sistema, solução por solução, até à cabal compreensão do edifício como unidade orgânica e funcional. Assim, neste edifício encontramos, entre outros, o sistema de coberturas externas e internas, sistema hidráulico inferior, sistema murário e sistema de contrafortagem, funcionando em uníssono.

  A nível arquitectónico, o sistema hidráulico pode ser compreendido atendendo ao seu duplo desenvolvimento em subsistemas: um referente à água potável, ao nível do solo, e outro referente às águas pluviais, ao nível das coberturas, existindo uma articulação entre estes dois subsistemas que, por sua vez, condicionam a organização do edificado.

   Todo este conjunto demonstra uma elevada complexidade e cuidado, visto ser muito importante para os construtores/arquitectos, assegurarem a condução da água potável para o interior dos edifícios, de forma a garantir a subsistência de quem os habita e, combater as infiltrações de águas, afastando a água pluvial para fora dos edifícios.

 

      É nosso objectivo nesta comunicação fazer a apresentação oficial do projecto, mostrando os trabalhos em desenvolvimento e os objectivos a atingir com esta investigação. Faremos ainda o lançamento da página WEB do Projecto AquaMafra e pretendemos aferir acerca das opções tomadas pelo arquitecto do Palácio Real de Mafra, no que diz respeito ao sistema hidráulico presente no conjunto edificado. Estas opções mostram-se bastante conscientes e diferenciadoras dos distintos espaços analisados, tendo em conta o seu uso e função. A partir desta análise iremos desenvolver a temática da hidráulica monumental, e das várias soluções encontradas no edifício de forma a provar que em cada espaço foram pensadas e aplicadas alternativas diferentes, para o escoamento das águas sujas e das águas pluviais.

 

300 anos de água no Palácio de Mafra : Um estado da arte arquivístico sobre os atores e as técnicas de gestão da água na rede exterior

Marjolaine Carles 

Las gárgolas del Palácio Nacional de Mafra: el diseño geométrico como ornamentación. Proyecto de Investigación: objetivos y metodología. Trabajos realizados.

Dolores Herrero Ferrio

 

    El Proyecto de Investigación sobre las gárgolas del Palacio Nacional de Mafra, proyecto de un gran interés histórico, iconográfico, técnico y arquitectónico, se presenta desde la relevancia estilística y tipológica del diseño geométrico como ornamentación. Como objetivos, la investigación se basa en un exhaustivo trabajo de campo con la correspondiente metodología para realizar una recopilación fotográfica y medición de las gárgolas, recopilación que permitirá elaborar y disponer de un corpus como testimonio histórico-artístico y referencia documental. También en un análisis simbólico y de la técnica ornamental de las figuras; la consulta bibliográfica en español para el estudio de la iconografía se realiza a través del acceso a bibliotecas de Madrid, sobre todo a la biblioteca de la Facultad de Geografía e Historia de la Universidad Complutense. Y finalmente, en un estudio comparativo tratando de hallar similitudes con las gárgolas de otros edificios barrocos de los siglos XVII y XVIII en España (palacios, pazos gallegos, monasterios, catedrales...). Asimismo, en la conferencia se expondrán los trabajos realizados hasta la fecha. 

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