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09 a 12

Outubro

Sória

A Água no Real Edifício de Mafra: Actores do Projecto Hidráulico

 

Ana Alho, Pedro Machado

 

RESUMO

A construção monumental do Real Edifício de Mafra teve início no ano de 1717 e decorreu da vontade de D. João V. Esta construção é composta por quatro núcleos distintos, mas interdependentes (em termos de soluções hidráulicas e construtivas é um elemento independente): palácio, convento, Basílica e tapada, tratando-se, no seu conjunto, de elementos patrimoniais de elevada importância para a história da hidráulica em edifícios do século XVIII.

O Palácio-Convento e Basílica de Mafra e a Tapada de Mafra constituem dois elementos patrimoniais de relevo na história do uso da água em edifícios e propriedades reais quer a nível nacional, quer internacional. Ao longo da sua história identificam-se momentos nos melhoramentos da infra-estrutura relativa ao abastecimento de água, drenagem e saneamento que interessa destacar e documentar com profundidade.

Esta investigação parte de um conceito de arquitectura entendida como um conjunto articulado de sistemas que, faseadamente, constituem preocupação do mestre construtor. O sentido da arquitectura portuguesa e das suas soluções técnicas ganha um novo enfoque se for analisado deste ponto de vista, sistema por sistema, solução por solução, até à cabal compreensão do edifício como unidade orgânica e funcional. Assim, num edifício encontramos, entre outros, o sistema de coberturas externas, sistema hidráulico, coberturas internas, sistema murário, e sistema de contrafortagem, funcionando em uníssono.

O sistema hidráulico é um subsistema arquitectónico que pode ser compreendido atendendo ao seu duplo desenvolvimento: um refere-se à água potável, ao nível do solo e outro às águas pluviais, existindo uma articulação entre estes dois subsistemas, que, por sua vez, condicionam a organização do edificado.

Todo este conjunto demonstra uma elevada complexidade e cuidado, visto ser muito importante para os construtores/arquitectos, assegurarem a condução da água para o interior dos edifícios, de forma a garantir a subsistência dos seus habitantes e, combater as infiltrações de águas, afastando as águas pluviais do edifício.

É nosso objectivo nesta comunicação compreender a escola artística e o estaleiro do Real Edifício de Mafra, bem como a sua difusão a nível nacional, centrando-nos essencialmente nos actores participantes ao nível da elaboração do projecto hidráulico.

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