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evento

03a 06

Setembro

Salvador Bahia

A Hidráulica Monumental:A Arquitectura da Água no Real Edifício de Mafra

Ana Alho

Palavas chave: água, hidráulica, Palácio real, Engenheiros Militares, Século XVIII.

 

RESUMO

A construção monumental do Real Edifício de Mafra teve início no ano de 1717 e decorreu da vontade de D. João V (†1750). É composto por três núcleos distintos, mas interdependentes: palácio, convento e tapada, tratando-se, no seu conjunto, de elementos patrimoniais de elevada importância para a história da hidráulica em edifícios do século XVIII, em Portugal. Não esqueceremos as várias influencias que esta construção sofreu, entre elas o Real sitio de San Lorenzo de El Escorial. Tendo sido uma espécie de “tubo de ensaio ao nível da engenharia e arquitectura hidráulica nacional” para a construção do Aqueduto das Águas Livres de Lisboa. O corpo dos engenheiros militares com portugueses e estrangeiros foi muito envolvido na construção dessas obras monumentais. É nosso objectivo explanar as opções tomadas por João Frederico Ludovice, arquitecto do Real Edifício de Mafra, no que diz respeito ao subsistema hidráulico superior presente no conjunto edificado. Estas opções mostram-se bastante conscientes e diferenciadoras dos distintos espaços analisados – Palácio, Convento e Basílica - tendo em conta o seu uso e função. A partir desta análise iremos desenvolver a temática da hidráulica monumental, e das várias soluções encontradas no edifício de forma a provar que em cada espaço foram pensadas e aplicadas alternativas diferentes, para o escoamento das águas sujas e das águas pluviais. Cabe ressaltar a qualidade do subsistema hidráulico inferior, graças ao qual a água potável era captada e encaminhada através da Tapada Real de Mafra para ser distribuída pelo Jardim do Cerco e pelo real edifico até chegar aos esgotos, depois dos usos.

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