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evento

13 a 15

A Água no Palácio de Mafra: Olhares sobre 300 anos de História. Conceitos preliminares
Dezembro

Córdova

Ana Alho, Dolores Herrero

Palabras clave: Arquitectura, Espacio y Paisage, Gárgolas, Arquitectura

 

RESUMO

A construção monumental do Palácio de Mafra teve inicio no ano de 1717 e decorreu da vontade de D. João V, é composta por três núcleos distintos, mas interdependentes: palácio, convento e tapada, tratando-se, no seu conjunto, de elementos patrimoniais de elevada importância para a história da hidráulica em edifícios do século XVIII.

O Palácio-Convento de Mafra e a Tapada de Mafra constituem dois elementos patrimoniais de relevo na história do uso da água em edifícios e propriedades reais quer a nível nacional, quer internacional. Ao longo da sua história identificam-se momentos nos melhoramentos da infra-estrutura relativa ao abastecimento de água, drenagem e saneamento que interessa destacar e documentar com profundidade.

Esta investigação parte de um conceito de arquitectura entendida como um conjunto articulado de sistemas que, faseadamente, constituem preocupação do mestre construtor. O sentido da arquitectura portuguesa e das suas soluções técnicas ganha um novo enfoque se for analisado deste ponto de vista, sistema por sistema, solução por solução, até à cabal compreensão do edifício como unidade orgânica e funcional. Assim, num edifício encontramos, entre outros, o sistema de coberturas externas, sistema hidráulico, coberturas internas, sistema murário, e sistema de contrafortagem, funcionando em uníssono.

O sistema hidráulico é um subsistema arquitectónico que pode ser compreendido atendendo ao seu duplo desenvolvimento: um refere-se à água potável, ao nível do solo e outro às águas pluviais, existindo uma articulação entre estes dois subsistemas, que, por sua vez, condicionam a organização do edificado.  

Todo este conjunto demonstra uma elevada complexidade e cuidado, visto ser muito importante para os construtores/arquitectos, assegurarem a condução da água para o interior dos edifícios, de forma a garantir a sua subsistência, combater as infiltrações de águas, e a fazer face à pluviosidade nos edifícios.

É nosso objectivo constituir uma base de conhecimento essencial para a compreensão das inter-relações entre sistemas, constituir fundamentação cientifica que possa apoiar as futuras intervenções de conservação e restauro; desenvolvimento de conhecimento cientifico inédito e a criação de roteiros e percursos para o conhecimento do edifício.

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